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       Aparentemente o tipo de moral mais mencionada em tempos modernos, o mal gratuito (também mal inútil (do inglês, pointless evil)) diz respeito a qualquer tipo de moral (normalmente o natural) que, segundo algum analisador, poderia ter sido evitado -um mal desnecessário. Uma formulação básica deste argumento é da seguinte forma:[1]

  1. Se Deus existe, mal gratuito (desnecessário, inútil) não existe.
  2. Mal gratuito existe.
  3. Logo, Deus não existe.

Avaliação[]

O problema crucial desta versão do argumento do mal contra a existência de Deus consiste na alegação de que existe mal gratuito no mundo. O erro se encontra no fato de nenhum ser humano estar numa posição epistemológica razoável para garantir, com segurança aceitável, que esta proposição é verdadeira. Isso ocorre porque, ao contrário de verdades facilmente perceptíveis mesmo diante de fraco e rápido inquérido (como a cor ou cheiro de um objeto), a existência de propósito e sentido em um dado evento (neste caso, um evento maléfico como um maremoto) não necessariamente é rapidamente cognoscível, podendo acontecer que, mesmo sob forte inquérito, tal propósito ou sentido só venha a ser descoberto muito tempo depois dos eventos terem ocorrido ou mesmo vierem a nunca ser descobertos. As análises ainda estão sujeitas a forte caráter subjetivo, pois o pesquisador pode vir a negar a alegação de que dado fato constitui o motivo pelo qual o evento maléfico ocorreu sob acusações simplistas tais quais "isso não pode ser verdade", ou "convenhamos, isso não justifica esse mal!". Afinal, o único padrão objetivo que determinaria se tal justificativa é justificativa plausível e, especialmente, a verdadeira para um dado evento seria o próprio Deus, cuja existência é justamente negada dentro do argumento.

Assim, por estas e outras razões, o problema do mal gratuito falha em apresentar um caso convincente contra a existência de Deus não porque alguma de suas premissas tradicionais seja necessariamente falsa, mas porque não há meios de sabermos, com qualquer nível suficiente de credibilidade, se uma ou mais delas são verdadeiras, ou seja, o argumento é indefensável. No que diz respeito à existência legítima de males gratuitos, a única maneira de termos credibilidade suficiente para crer que seja esse o caso seria se o próprio Deus nos contasse, o que é justamente contrário à conclusão pretendida pelo argumento.

Referências[]

  1. Craig, William Lane. Must the Atheist Be Omniscient? (em inglês). ReasonableFaith.org. Página visitada em 4 de maio de 2010.



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