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       Uma das objeções ateístas que critica diretamente o ensino religioso é a alegação de que o ensino religioso a crianças é um ato indevido e que deveria não ser feito. Defensores desta visão alegam que a religião é algo de escolha pessoal e, portanto, não deve ser 'imposta' pelos pais a seus filhos; antes, estes devem crescer e, quando em idade tida por eles como apropriada, escolherem qual religião vão crer ou se não vão seguir nenhuma. Esta objeção parece ter sido popularizada recentemente pelo ateu Richard Dawkins através do seu livro Deus, um Delírio, onde não apenas critica o ensino religioso a crianças, chamando-o de uma forma de abuso infantil, como também condena expressões como "criança cristã".[1]

Esta objeção vêm sendo, em parte, motivo de riso pelos teístas, já que é sabido que os próprios ateus ensinam seus filhos no caminho ateísta, satirizando que, sendo a salvação do espírito um componente importante na vida de um indivíduo, então também não deveríamos ensiná-la princípios morais ("deixe-a escolher quando crescer se quer matar pessoas ou não"), como se alimentar ("deixa para saber se ela não quer viver quando crescer"), como aprender ("deixa para quando ela crescer escolher se quer ser ignorante ou não") entre outros fatores.

Avaliação[]

Evidência de Deus[]

Ver artigo principal: Argumento do mal

Assim como no caso em que as religiões são acusadas de grandes males, esta alegação serve de testemunha contra a existência de Deus, pois a alegação só faz sentido se abuso infantil for objetivamente mal, e a existência de valores morais objetivos acarreta em evidência da existência de Deus, contrariando a cosmovisão ateísta. O raciocínio pode ser resumido no argumento do mal de Martin Bittencourt:

  1. Se valores morais objetivos existem, Deus existe.
  2. Se o mal existe, valores morais objetivos existem.
  3. Os ateus dão testemunho de que o mal existe (no caso, do alegado abuso infantil praticado pelos pais religiosos).
  4. Logo, Deus existe.

A única saída deste problema é defender a existência de valores morais subjetivos, mas neste caso toda a objeção perde seu valor, pois não passará de ser uma mera opinião.

Veja também[]

Referências[]

  1. British TV - Richard Dawkins Interview (em inglês). Estrelando Richard Dawkins. Publicado no YouTube por clintburky em 17/07/2007. Visualizado em 7 de abril de 2011. Duração: 10:24. Momento específico: 06:28.



Objeções comuns contra ateísmo e teísmo
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